“Lockdown na construção civil de JP é injustificado”, diz presidente do Sinduscon-JP

A fala, com perplexidade, do presidente do Sinduscon-JP, José William Montenegro Leal, se deu após a categoria ser surpreendida no último sábado (16) com um decreto do governo do estado que paralisa toda a atividade da construção civil na região metropolitana de João Pessoa a partir desta quarta-feira (20) até o próximo dia 31 em grande parte da área de abrangência da entidade e buscar várias tentativas de diálogo, até o momento, sem êxito.

Ou seja, na Paraíba, foi antecipado, de forma oblíqua, um lockdown no setor considerado por recente decreto publicado pelo governo federal como essencial durante a pandemia da Covid-19, por alimentar uma cadeia produtiva, gerando milhares de empregos e fomentando a economia.

Em mensagem compartilhada em grupos de WhatsApp com os caros e heroicos empresários da construção civil da Capital, José William – desde sempre dado ao diálogo – lembra que há mais de dois meses o Sinduscon-JP instalou o chamado plantão Covid-19 para acompanhar a situação na região metropolitana, dialogar com o sindicato laboral, com as autoridades constituídas e orientar as suas filiadas acerca das ações a serem implementadas e desenvolvidas.

Conjunto de medidas

Imbuídas desse propósito, diretoria e associadas se mobilizaram e promoveram produziram cartilhas e boletins de prevenção, treinamentos e orientações jurídicas, além da adoção de várias medidas preventivas, a exemplo de distanciamento mínimo em refeitórios e elevadores nos canteiros de obras, tudo com o objetivo de preservar a saúde e empregos dos colaboradores, bem como manter as empresas.

“Ao longo de sua história, o Sinduscon-JP sempre procurou o diálogo como forma de resolver os problemas da categoria e neste delicado momento não seria diferente. Desde sábado (16), estamos conversando intensamente com o governo do estado e prefeituras com o intuito da suspensão ou a mitigação dos efeitos do citado decreto”, historiou.

Insensibilidade

Ele lamentou a insensibilidade por parte do governo do estado ante os inúmeros fatos postos e argumentos apresentados para subsidiar-lhe como contraponto ao decreto. “O construtor não é um disseminador de vírus, mas de emprego, geração e renda”, desabafou o presidente do Sinduscon-JP.

Ao final, renovou o compromisso de luta em continuar tentando reverter a situação através do diálogo incessante, mas recomendando ao final, que caso não seja possível a revogação ou mitigação do decreto, que a categoria cumpra, mesmo a contragosto, a medida governamental.